Ontem estava conversando com um colega do trabalho, francês, que sempre morou, fez seus estudos e trabalhou na região parisiense. Ele me contava do seu interesse em buscar oportunidades de trabalho no exterior, em especial nas Américas, embora ele ainda não fale nem português nem espanhol.
O que dizer então de mim ou outros tantos imigrantes, brasileiros ou não, que escolheram a cidade-luz? Escolhemos mal? Até o pessoal daqui quer partir?
A resposta é muito simples, entretanto não é obvia para muita gente. Existe na cabeça de muito brasileiro candidato a emigrar a idéia de que quase qualquer lugar é melhor que o Brasil. Não é um bom argumento...
A resposta é que ser um expatriado proporciona um ambiente diferente. Melhor em algumas coisas, pior em outras, mas nunca vai existir uma resposta preto no branco que defina o melhor lugar para morar e fazer a vida.
A equação é complexa e as variaveis não são poucas, tudo vai depender da experiência prévia pessoal de cada um e obviamente da experiência real a ser vivida no exterior. Em todo caso, para aqueles que têm a idéia de sair do Brasil um dia, seja por seis meses de estudo ou uma jornada mais longa, minha opinião é: "faça".
Parafraseando e traduzindo livremente um trecho de um livro que eu ainda não li, Cândido, de Voltaire: "Se não acharmos nada prazeroso, que ao menos encontremos algo de novo." Como disse, não conheço a historia, mas a frase me inspira a me envolver quando sou apresentado a um novo desafio.
4 comentários:
Candido: se não encontrarmos algo prazeroso, ao menos algo que nos renove.Usei esta frase na apresentação da proposta de TCC na Unicamp, há tempos atrás, para justificar a pesquisa de campo em Educação Especial.
Sim, é uma bela frase. Vi em um filme uma vez, que não me lembro mais qual, mas lembro muito bem da citação...
E você, encontrou algo prazeroso na pesquisa?
Sim!!!
Primeiro o prazer em ser pesquisador. E o principal: cada vez que se pesquisa/investiga, se renova (na época entendi o sentido da frase assim). Senão não é pesquisa. É plágio.
Não vi em filme. Estudei Voltaire com Prof. Laymert, que viera da Sorbonne.Ele era o melhor! Ensinava qualidade.
Em tempo: muito bom esse espaço para conversarmos. Tivemos tão poucas oportunidades de discutir saberes nas nossas convivências. Que bom que esse novo tempo possibilita isto.Bj
Postar um comentário